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Cultura
- Exposição "Fragmentos de Silêncio Quebrado" de Filomena Silva Campos
Exposição 'Fragmentos de Silêncio Quebrado' de Filomena Silva Campos
Curadoria de Cabral Pinto
Fragmentos de Silêncio Quebrado
No único mundo que nos resta, o multilateralismo impõe-se como uma urgência vital. Não se trata apenas de uma estratégia política ou de um exercício diplomático, mas da necessidade imperiosa de novas formas de cooperação que transcendam fronteiras, interesses particulares e visões fechadas. As problemáticas globais do nosso tempo, das pandemias aos conflitos armados, das alterações climáticas à desigualdade crescente, tornam evidente que nenhum país, por mais poderoso que seja, pode enfrentar sozinho os desafios que nos ameaçam coletivamente. É neste ponto que o multilateralismo se revela não como opção, mas como condição de sobrevivência comum.
A globalização, enquanto fenómeno estruturante do século XXI, tornou inegáveis as interdependências entre povos, economias e ecossistemas. Os acontecimentos de um território repercutem-se em todos os outros, colocando em evidência a necessidade de ultrapassar visões unilaterais e de promover a cooperação efetiva entre os 195 países que compõem o nosso mundo. É nesse sentido que a exposição Fragmentos de Silêncio Quebrado se afirma como espaço de reflexão e de diálogo visual, trazendo para o campo da arte uma discussão que é simultaneamente ética, política e existencial: como podemos construir, através da inteligência coletiva e da ação partilhada, caminhos que nos permitam enfrentar crises e transformar realidades?
Através da pintura, a artista convoca o espectador a percorrer uma viagem em que se cruzam a dimensão íntima e o olhar universal. Cada tela é um fragmento de silêncio interrompido pela inquietação perante a realidade global, uma pausa que se rompe em cor, gesto e matéria. A vulnerabilidade da mão que pinta é também a vulnerabilidade do mundo que nos habita, ferido, em convulsão, mas ainda pleno de possibilidade. Os gestos pictóricos, intensos e por vezes despojados, traduzem o desejo de quebrar a apatia e de dar corpo a um discurso visual que questiona, denuncia e inspira. A pintura, aqui, torna-se território de resistência, memória e esperança.
Estruturada em três dimensões fundamentais, a guerra, a nova escravatura e a preservação ambiental, esta exposição presta tributo à mulher, à criança e à paisagem. Elas são, de formas distintas, os maiores rostos do sofrimento e da resiliência em contextos de violência e desigualdade. A guerra, com o seu cortejo de perdas, destruições e deslocações, atinge sempre com maior crueldade os corpos mais frágeis e as vidas mais vulneráveis. A nova escravatura, traduzida em tráfico humano, exploração laboral e migrações forçadas, expõe a perversidade de um sistema global que continua a transformar pessoas em mercadoria.
Já a paisagem, entendida não apenas como espaço físico, mas como identidade cultural dos territórios e dos povos, revela-se simultaneamente vítima e testemunha devastada pelas alterações climáticas, mas também guardiã de memórias coletivas e de modos de vida ancestrais.
O carácter da paisagem como identidade cultural é, neste projeto, um eixo central. Ela é símbolo da ligação profunda entre humanidade e natureza, mas também da urgência em repensar a forma como habitamos o planeta. A preservação ambiental deixa de ser apenas uma questão ecológica: é uma questão de justiça global, de solidariedade entre gerações e de respeito pela diversidade da vida.
Fragmentos de Silêncio Quebrado apresenta-se, assim, como um gesto artístico e político que convoca à reflexão e à responsabilidade, mas também à esperança de que, através do esforço comum e da construção de parcerias globais, seja possível transformar a realidade e edificar um futuro mais justo, equitativo e solidário.
Filomena Silva Campos
Nota Biográfica
Filomena Silva Campos, artista plástica, reside e tem o seu atelier na Baixa do Porto.
Iniciou o seu percurso artístico na década de 1980 na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e, entre 2013 e 2017, realizou o Curso Prático de Pintura na Faculdade de Belas-Artes da mesma universidade. É licenciada em Educação Especial pela ESEPF e mestre em Comunicação e Linguagem pela Universidade da Catalunha.
Foi artista convidada nas II/IV/V/VI Bienal Internacional Arte Gaia, X/XI Bienal da Vidigueira, Faculdade Belas Artes de Lisboa BIAG 2025, Galeria de Artes Visuais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul 2023, Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa 2023, I Bienal Internacional das Artes em Madeira de Paredes, Museu Municipal de Esposende 2023/25, Museu Municipal do Móvel 2023, Museu Naval de Ferrol, Espanha 2023/24/25.
As suas obras foram selecionadas para a V Bienal de Desenho de Almada, Prémio Júlio Resende (2024), XII Bienal do Avante, Prémio Infante D. Luís às Artes (Salvaterra de Magos, 2016–2018), Prémio de Artes Plásticas “Henrique Silva” (Centro Cultural de Paredes, 2019), Alcarte – Centro Cultural de Alcochete (2017/2018), ARTIS XIV – Festival de Artes de Seia, II Concurso de Pintura – Centro Cultural Gil Vicente (Sardoal), Tàndem Art Gallery (Sabadell, Barcelona, 2016) e Prémio Cármen Miranda (Museu Municipal de Marco de Canaveses, 2016).
Produziu duas dezenas de exposições individuais, das quais se destacam na Casa-Museu Soledade Malvar, Centro de Cultura e Congressos, Galeria da Ordem dos Médicos, Galeria Alanda Club Marbelha, Galeria Municipal de Ponte da Barca, Palácio da Bolsa no Porto, Casa Branca de Gramido.
Participou em quase duas centenas de exposições coletivas em Portugal, Espanha, Brasil, Itália e França, estando representada em coleções particulares em Portugal, Canadá, França e Inglaterra.
Realizou o curso Expor – Espaço: Relações entre Edifício e Conceito Curatorial, na Reitoria da Universidade do Porto. No âmbito curatorial, desenvolveu projetos na V Bienal de Gaia (FMDUP), na Casa das Artes de Famalicão, no Centro Cultural de Espinho, na Casa da Cultura de Avintes e no Centro Cultural GNRation.
Em 2025 foi selecionada para uma coletânea literária da Editora Cordel de Prata e realizou várias colaborações editoriais, incluindo a ilustração do livro de poesia de Mª José Castro (2019) e a capa do livro Proceedings of the IV International Conference on Biodental Engineering (2016).Colabora desde 2019 na revista cultural [Sem] Equívocos, onde publica pintura, poesia e crónicas temáticas.
A sua prática artística e literária reflete uma procura contínua de diálogo entre imagem e palavra, onde a matéria, o gesto e a cor se afirmam como expressão de uma sensibilidade que une pensamento e emoção.
segunda a sexta: 9h00-12h30 / 14h00-17h30
sábado: 10h00-12h30 / 14h30-17h00
Para mais informações contactar:
Casa da Cultura de Paredes
Avenida da República
4580-193 Paredes
255 780 446 chamada para rede fixa nacional
