Todos nós somos feitos das histórias que ouvimos, das peripécias que vivemos ou a que assistimos, dos livros que lemos. Na nossa construção como seres humanos entrelaçam-se fios de informação, emoções, sensações, intuições, razões… Na Biblioteca Escolar, esta tecedura será tanto mais fina, colorida e excecional, quanto mais sensível e consciente for o trabalho do tecelão.
Falemos por nós, bibliotecas do Agrupamento de Escolas de Vilela, umas maiores, outras mais apetrechadas, outras mais dinamizadas: sem qualquer ordem de grandeza, somos as bibliotecas do JI de São Marcos, das Escolas Básicas de Rebordosa, da Serrinha e de Vilela e das Escolas Básicas e Secundárias de Rebordosa e de Vilela. E somos também aqueles que para elas trabalham (às vezes tecelões; muitas vezes tecidos) e aqueles para quem se trabalha (nem sempre tecido; muitas vezes tecelões). Quantas somos? Não somos seis, embora tenhamos seis acervos; não somos quatro, embora quatro de nós integrem a Rede de Bibliotecas Escolares. Somos uma, ou melhor, um serviço de biblioteca destinado a todos os alunos, professores e restante comunidade educativa e à comunidade local.
Neste tear, com que me assumo, poderei ser acusado de alguma obstinação, por insistir com os que me utilizam que o conhecimento é importante e a leitura é meio caminho andado para o atingirmos. Estou sempre predisposto, sempre a procurar contribuir para que cada um deles lá chegue da melhor forma, por isso sou polivalente e múltiplo: desdobro-me em recursos e artimanhas para que todos os meus companheiros de viagem “apanhem” a minha essência e a sintam no seu íntimo e com ela cresçam saudáveis e felizes…
