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Paredes e o 5 de Outubro

Na prática, as acções revolucionárias de 5 de Outubro de 1910, circunscreveram-se à capital e aos concelhos limítrofes. Sem resistências, em localidades como Almada, Loures, Olivais e Carcavelos, proclamou-se a República no meio de barricadas, sabotagem de pontes e acções de corte de comunicações. Já em Lisboa, o movimento insurreccional deparou-se com vários obstáculos, não conseguindo submeter algumas unidades militares às chefias e organizações revoltosas (Telo, 2010). Todavia, mesmo quando tudo parecia perdido para as hostes republicanas – Cândido dos Reis suicidara-se durante a madrugada por pensar que a revolução tinha fracassado – a acção determinada e firme de alguns dos militares sublevados – entre os quais Machado Santos, o «herói da rotunda» – foi determinante para o desfecho triunfal da República. As choças da Carbonária, infiltradas em alguns quartéis e constituídas em grupos de civis armados, também contribuiriam para levar por diante a revolução, beneficiando de uma fatal inércia, desorganização e incapacidade de resposta das forças de segurança leais à Monarquia (Telo, 2010).
«Ninguém, dentro ou fora de Portugal, apareceu para defender o regime. Alguns dias depois, um grande proprietário e antigo amigo de D. Carlos, escreveu a José Luciano de Castro explicando-lhe que aceitava a república, porque “a monarquia que existia não merece o sacrifício de quem quer que seja”» (Ramos, 2010:576). Por volta das 9 horas da manhã, Eusébio Leão, acompanhado de outros membros do directório do Partido Republicano Português, sobe à varanda da Câmara Municipal de Lisboa e lê ao povo a proclamação oficial da República Portuguesa. O resto do país, da província, do litoral ao interior, de norte a sul, é «informado» do triunfo por telegrama.
E em Paredes? Como terá sido recebida e/ou proclamada a República? Que tenhamos conhecimento, à data da revolução, o único órgão de comunicação social que se publicava localmente – e que, portanto, constitui fonte primordial de acontecimentos locais – era o jornal nacionalista e católico Defesa, dirigido por Marcolino Dias de Castro. Não obstante o carácter assumidamente conservador do referido semanário, é lá que encontramos a única notícia até aqui conhecida da reacção local à mudança de regime.
Depois de noticiar os acontecimentos de Lisboa e a consequente partida da família real para o exílio, na edição de 9 de Outubro de 1910 da Defesa pode ler-se:
«Pelo motivo da implantação da República, houve aqui em Paredes uma demonstração de simpatia ao novo regímen na noite de quinta-feira e em todo o dia de ante-ontem, percorrendo as ruas da vila uma banda, à frente da qual, e na noite de quinta-feira, ia um insignificante número de manifestantes dando vivas e dirigindo insultos a pessoas e corporações religiosas».
Como é notório, o redactor faz questão de apoucar os festejos republicanos. Escreve que os mesmos foram levados a cabo por «um insignificante número de manifestantes» e que, além dos «vivas», também proferiram «insultos a pessoas e corporações religiosas». Ficamos, contudo, a saber que os festejos ocorreram apenas na noite de dia 6, quinta-feira, no dia seguinte, portanto, ao anúncio da implantação do novo regime, e durante todo o dia 7, sexta-feira, sob acompanhamento de uma banda de música.
Quanto à forma como a notícia fora recebida noutros pontos do concelho, temos apenas, por enquanto, um testemunho. Em Sobrosa, António Nunes de Sousa Pinheiro, um dos mais intrépidos republicanos da localidade, gritara da janela de sua casa um vibrante «Viva a República Portuguesa!». Segundo consta, ninguém na freguesia sabia exactamente o que se passava, nem mesmo o que é que aquilo quereria dizer. Os bem sonoros «vivas» foram dados no lugar de Bagalhe e audíveis no lugar do Rio, a mais de trezentos metros de distância. E assim foi anunciada a República em Sobrosa, pela voz de um acérrimo republicano, que pouco depois viria a fazer parte das «novas instituições» locais.
in Paredes e a Primeira República (Ivo Rafael Silva, 2020)