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Evento internacional do Projeto SECURE em Wieliszew com o foco na resposta equitativa às crises
Evento internacional do Projeto SECURE em Wieliszew focou-se na resposta equitativa às crises.
O evento internacional do projeto SECURE (Fortalecimento das Comunidades Europeias, Unindo Regiões e Reforçando o Envolvimento), realizado em Wieliszew, Polónia, de 17 a 20 de novembro de 2025, reuniu 13 parceiros europeus para uma intensa troca de boas práticas. O tema central, «Adaptar-se à mudança – Práticas interseccionais de resiliência», orientou o trabalho, com foco na necessidade de uma abordagem inclusiva para enfrentar os desafios sociais e económicos que a União Europeia enfrenta.
A reunião em Wieliszew não abordou debates teóricos, mas centrou-se no conceito de interseccionalidade: compreender como as diversas identidades e condições sociais de um individuo – tais como género, idade ou estatuto económico – se combinam, criando um conjunto único de vulnerabilidades ou vantagens. O objetivo era claro: desenvolver mecanismos de apoio que tenham em conta esta complexidade, indo além de soluções genéricas que muitas vezes não chegam às pessoas mais marginalizadas. Uma parte crucial da análise dizia respeito ao papel das mulheres, reconhecidas como atoras centrais e líderes da resiliência das comunidades de base, apesar das vulnerabilidades desproporcionais que enfrentam durante as crises.
O ponto alto do evento foi a apresentação das «Histórias de Resiliência Interseccional», em que cada parceiro partilhou um estudo de caso real da sua comunidade. Estas histórias permitiram identificar modelos de sucesso e pontos fracos nas intervenções. Dos parceiros italianos, ficou claro que o sucesso de um percurso de realocação profissional para uma mulher de meia-idade não dependia da formação, mas da criação de uma rede informal de apoio — a «Shared Care Rota» — que a libertou do peso dos cuidados prestados. Da mesma forma, os casos de Chipre destacaram que o ato mais resiliente para algumas mulheres que enfrentavam disparidades salariais foi a «saída estratégica» da organização, forçando uma renegociação do seu valor profissional. O projeto em Portugal para a relocalização da comunidade cigana demonstrou finalmente que mudar de casa é apenas o primeiro passo e que o verdadeiro sucesso reside na construção de apoio social através de mediadores culturais e na escuta ativa dos receios da comunidade.
A partir da análise conjunta desses estudos de caso, surgiram recomendações concretas para instituições e organizações. Em primeiro lugar, a resiliência não foi definida como uma característica individual, mas como um resultado de redes coletivas e relacionais dentro das comunidades. Consequentemente, as políticas devem primeiro diagnosticar o obstáculo mais crítico que a interseccionalidade cria — seja falta de tempo, isolamento ou discriminação — antes de prestar o serviço. Além disso, os participantes concordaram que os municípios e as administrações locais são as entidades mais eficazes para prestar serviços e restaurar a dignidade, atuando como uma ponte essencial entre o cidadão e o apoio sistémico. Por isso, é necessário fortalecer o nível local e investir em capital social, formalizando as redes de ajuda mútua que as comunidades criam espontaneamente.
O evento SECURE em Wieliszew concluiu reiterando que a resiliência não é um dom individual, mas sim o resultado da estrutura social. O trabalho continua agora com o objetivo de traduzir estes princípios interseccionais em quadros operacionais para tornar as comunidades europeias mais equitativas e capazes de se adaptar a mudanças complexas.
O trabalho do projeto SECURE, financiado pelo programa CERV, não termina aqui. A luta contra fenómenos que ameaçam a democracia e o envolvimento cívico continua com o quarto e crucial evento internacional. A próxima paragem será na ilha de Serifos, na Grécia, em maio de 2026, e centrar-se-á na «Literacia mediática em ação: combater a desinformação para uma cidadania informada». O projeto concentrar-se-á, portanto, na proteção do espaço cívico, reconhecendo que a capacidade dos cidadãos para resistir a crises também depende da sua habilidade em discernir informações fiáveis num panorama digital cada vez mais complexo.
