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Apontamentos da Nossa História: Festas da Cidade e do Concelho de Paredes em Honra do Divino Salvador








Um padroeiro ou um orago é aqule a quem é dedicada uma povoação, um território ou um templo. Pode ser o protetor das mais diversas associações, profissões, animais ou até mesmo de causas. O padroeiro é um intermediário entre a comunidade de fiéis e Deus, “ouvindo” as preces e “oferecendo” a sua proteção.
As festas fazem parte do quotidiano das comunidades e para uma paróquia não basta ter um padroeiro, também é necessário contribuir para a alegria dos paroquianos. É uma forma de aproximação entre a igreja e o povo.
As festividades têm a sua origem nas celebrações pagãs onde havia o culto às divindades que personificavam os elementos da natureza, as culturas, os equinócios ou os solstícios e muitas outras crenças. Eram celebradas com música, danças, oferendas ou rituais de adoração. A Igreja, com o passar dos tempos acaba por cristianizar as festas pagãs e, de modo a honrar um padroeiro as festas são realizadas dentro de duas vertentes, a religiosa e a popular.
Antes do bulício da romaria popular, a comunidade religiosa realiza um tríduo na semana que antecede o dia festivo, onde os paroquianos “são convidados” a se prepararem espiritualmente para os atos litúrgicos que se aproximam, como a missa solene ou a procissão. Já a festa popular conta com divertimentos, música, foguetes, arcos com luzes, venda ambulante e comes e bebes.
Em muitas localidades a festa ganhou tal dimensão que marca o ritmo da população com atividades que decorrem ao longo do ano para a angariação de fundos de modo a manterem vivas as tradições. Este é o tempo dos que vivem fora regressarem à sua terra para reverem a família e os amigos, e participarem junto da comunidade nas festividades. É um tempo de reencontro, de voltar a “casa”.
Há rituais e tradições que as comissões de festas ainda mantêm como o levantar do mastro, leilões, peditórios, bandas de música, arcos, iluminação, grupo de bombos ou bandas de música. Assear a igreja e os altares em especial o do padroeiro, preparar a procissão, enfeitar os andores, fazer o tapete de flores ou vestir os anjinhos.
Tudo isto forma uma união entre o sagrado e o profano.
Também o concelho de Paredes não foge a estas tradições nas diversas freguesias.
Não há dados concretos que nos digam quando começaram as festas em honra do Divino Salvador da Paróquia de Castelões de Cepeda e as referências existentes são vagas e dispersas. Certo é o Divino Salvador permanecer como o orago da freguesia há séculos.
No século XIII, no rol das igrejas, já se faz referência a São Salvador, mantendo-se a mesma referência nos séculos XVI e XVII.
Consultando as Memórias Paroquiais de 1758, encontramos algumas questões colocadas sobre o padroeiro ou romarias a que o padre Manuel Silvestre Ferreira, a paroquiar à data Castelões de Cepeda, respondeu da seguinte forma:
P. Em que província fica, a que bispado, comarca, termo e freguesia pertence.
R. Digo primeiro que esta freguesia do Salvador de Castelãos de Cepeda fica na provincia de entre Douro e Minho…
P. Qual é o seu orago, quantos altares tem, e de que santos, quantas naves tem; se tem Irmandades, quantas e de que santos.
R. He o seu Padroeiro Christo Jesus com o mesmo admirável nome de Salvador de Castelaons: tem tres Altares, o Mayor do Padroeiro…
P. Se tem algumas ermidas, e de que santos, e se estão dentro ou fora do lugar, e a quem pertencem.
R. Tem duas Cappellas publicas, de Jesus Maria José, he huma, e outra da Senhora da Guia…
P. Se acode a elas romagem, sempre, ou em alguns dias do ano, e quais são estes.
R. Não tem Romarias notáveis, somente alguma devoção a Senhora da Guia.
Podemos facilmente verificar que o padroeiro de Castelões de Cepeda é São Salvador, no entanto sem romaria. A única romaria digna desse nome, mas sem grande aparato seria a Nossa Senhora da Guia.
Teixeira de Vasconcelos escrevia no seu livro “Lição ao Mestre” editado em 1875 que “Aqui se realizavam as faustosas festas a S. Salvador cujo número de maior impacto estava nas procissões, algumas ao vivo, pelo menos com tantos anjinhos”.
Segundo o livro “Igreja com Vida”, uma reportagem de um jornal local reporta que “No final do século XIX já o povo “tremoceiro” se havia esquecido de honrar o seu orago, perante uma nova veneração que alastrava por esse Portugal inteiro, a devoção ao “Sagrado Coração de Jesus”, acompanhada, de certa forma, por uma outra idêntica ao “Santíssimo Coração de Maria”. E, – continuava o correspondente do jornal: uma nova imagem, esta do Sagrado Coração de Jesus, adquirida por meio de donativos particulares, vem para a Igreja de S. Salvador de Castelões de Cepeda (Vila de Paredes), onde é benzida em 25 de Fevereiro de 1900. (Igreja com Vida, 2008. p. 23).
Mesmo com a mudança para a nova igreja em 1908, o orago da paróquia manteve-se, o mesmo não sucedendo com o do templo pois “invocando a muita devoção que tinha para com a Senhora da Conceição, D. Rosalina exigiu, na doação da igreja à paróquia, algumas condições, desde logo que ela conservasse perpetuamente a invocação a N.ª S.ª da Conceição”. (Igreja com Vida, 2008. p. 49)
Em reunião de Câmara de 1 de julho de 1960 fica deliberado que “foi resolvido promover este ano a festa popular em honra do Divino Salvador, nesta vila, com caracter concelhio, integrando nesta festa todas as freguesias do concelho, devendo realizar-se nos dias dezasseis, dezassete e dezoito de Julho corrente, com o patrocínio desta Câmara”.
Precisamente a 1 de julho de 1961, novamente o mesmo assunto vai a reunião de Câmara ficando escrito “A Câmara deliberou por unanimidade conceder à Comissão de Festas do concelho o subsídio de vinte mil escudos, que para esse fim se encontra inscrito em orçamento”.
Na imprensa local da década de 1960 surgem vários artigos sobre as Festas do Concelho de Paredes. Nota-se que o ponto alto das festividades era a procissão devido à incorporação de todos padroeiros das paróquias do concelho, as imensas confrarias e as muitas coletividades que também marcavam presença, tornando a sua dimensão motivo de admiração.
Pela leitura da imprensa local leva-nos a crer que houve um interregno de várias décadas na festa em honra do orago. Terá sido no ano de 1960 o retorno das festas ficando designadas como Festas da Vila e do Concelho de Paredes. Além da festa religiosa também se integrou a festa popular até aos dias de hoje. O seu programa popular ao longo dos anos já muito se alterou, desde o concurso de fogo de artifício no final das festas entre duas empresas de pirotecnia, feira franca, concurso de pecuária, corrida de motos ou bicicletas, festival de ranchos, despique de bandas de música, desfiles de trajes, marchas luminosas, cortejos e muitas outras iniciativas que ao longo dos anos foram animando os paredenses e não só.
A romaria popular já mudou de local várias vezes com os carrosséis, divertimentos, gastronomia e concertos a deambular um pouco pela freguesia consoante a organização. No entanto a Praça José Guilherme mantém-se desde sempre como um ponto central nas festas em Paredes.
Um costume curioso que passa despercebido a muitos paredenses, mas que ainda se realiza embora de ano para ano com menos participantes, são os picnics no domingo das festas com várias famílias das freguesias vizinhas, que elegem o jardim defronte ao cemitério municipal para aí passarem o dia até à altura da procissão.
Todas as freguesias têm as suas festas e em muitas delas até mais do que uma ao ano, de maior ou menor dimensão.
São muitos os exemplos que encontramos no concelho de Paredes onde a maior festividade religiosa não é dedicada ao padroeiro, mas em honra a outro santo.
Elencamos todos os oragos das paróquias do concelho:
Aguiar de Sousa (São Romão)
Astromil (Santa Marinha)
Baltar (São Miguel)
Beire (São Miguel)
Besteiros (São Cosme e São Damião)
Bitarães (São Tomé)
Castelões de Cepeda (Divino Salvador)
Cete (São Pedro)
Cristelo (São Miguel)
Duas Igrejas (Nossa Senhora do Ó)
Gandra (São Miguel)
Gondalães (São Pedro)
Lordelo (Divino Salvador)
Louredo (São Cristóvão)
Madalena (Santa Maria Madalena)
Mouriz (São Romão)
Parada de Todeia (São Martinho)
Rebordosa (São Miguel)
Recarei (Nossa Senhora do Bom Despacho)
Sobreira (São Pedro)
Sobrosa (Santa Eulália)
Vandoma (Santa Eulália)
Vila Cova de Carros (São João Evangelista)
Vilela (Santo Estevão)
Segundo a hagiografia dos padroeiros, oferecida pela paróquia de Castelões de Cepeda, diz-nos que “… o Evangelho atribui o título de Salvador, não apenas a Deus, mas também, e repetidas vezes, a Jesus”. Dizendo ainda “Jesus é o Salvador do Mundo inteiro. Quando as Igrejas Catedrais e Paroquiais primitivamente sem Titular, passaram a ser consagradas a um Padroeiro, muitas foram colocadas sob a invocação do Salvador.
João Vieira
julho/2025
Fotografias: Arquivo Municipal de Paredes